domingo, 28 de março de 2010

4ºCUIDADO VOCE PODE ESTA SE TORNANDO UM NOMOFÓBICO SEM SABER

Se você pertence à geração Y (nascidos na década de 80*), comece a se preocupar, pois corre altos riscos de ser mais uma das vítimas da legião de nomofóbicos que cresce assustadoramente nos países industrializados.

Nomofobia significa a dependência exagerada aos dispositivos eletrônicos, palavra oriunda das palavras inglesas “NO” + “MOBILE” + sufixo grego “PHOBIA (φόβος) = ansiedade por abstinência de comunicação portátil. Seria exagero defini-la como uma doença? Não, quando na falta dos aparelhos, a pessoa sente sensações bizarras, tais como palpitações, falta de ar, angústia, taquicardia, suor frio, fraqueza, pensamento fixo, etc.

[juicyrai]
Monges indianos tergiversam alegremente sobre os objetos da sua Nomofobia. Nem os templos budistas se salvaram do mal que consome a Geração Y!



O uso de modernas tecnologias não é por si mesmo benéfico ou danoso, mas o efeito que elas provocam em cada indivíduo pode desencadear uma compulsão psicológica, esta sim altamente prejudicial à qualidade de vida do sujeito.


Uma das prováveis maiores causas de desencadeamento da Nomofobia é a mania dos pais de abarrotarem seus filhos desde bebês de toda a sorte de tralhas eletrônicas, num gesto compensatório para repor aos filhos aquilo que eles julgam não ter tido na sua própria infância.

Para criar o Frankstein nomofóbico típico, os pais inundam a vida dos futuros doentes de brinquedos assassinos repletos de luzes, sons e movimentos, que cerceiam a imaginação e deturpam a criatividade.


Depoimento patético de um nomofóbico:
Sofro e Nomofobia desde criança provavelmente. Sempre fui dependente de brinquedos que traziam algo de mais avançado tecnologicamente, com muitos sons, movimento e iluminação. Hoje, se saio de casa sem o celular, mp4, som no meu carro, agenda eletrônica, se chego em casa e o computador ou os aparelhos eletrônicos não funcionam como espero, nesses casos entro praticamente em surto, em estresse de alto nível. Já busquei ajuda, como terapias, pois até no meu trabalho estava sentindo dificuldades, afinal só produzia estando conectada ao mundo cibernético! Já passei por crises de ansiedade por esquecer o celular em outra bolsa, e quando percebi que ele não se encontrava ao meu lado, obedecendo os meus comandos, pois eu poderia estar naquele momento perdendo oportunidades e perdendo ligações de amigos e namorado. Comecei então a sentir enorme falta de ar, e o meu coração batia aceleradamente, fiquei achando que aquele foi o pior dia da minha vida e luto atualmente para depender o minimo de tecnologia! [Tuga Trónica]

Conclusões:
Como se sucede com todas as compulsões, a Nomofobia não tem cura. Portanto, o indivíduo portador deste mal terá o resto da vida para lutar contra o sofrimento psicológico provocado inadvertidamente por pais ignorantes e/ou irresponsáveis que exterminaram o futuro dos seus filhos.

Assim, baseado nas informações acima, você já pode fazer uma auto-análise para tentar diagnosticar o seu grau de dependência ao universo cibernético. Se a sua ansiedade só tem crescido nos últimos anos, é hora de procurar ajuda em quanto é tempo e rezar para que encontre alguém que entenda o seu problema, pois apesar de no Brasil ainda não se falar em procedimentos clínicos de Desintoxicação Tecnológica, a coisa já é corriqueira em países tais como na Grã Bretanha e China, onde estão sendo internados crianças, adolescentes e adultos em clínicas e centros especializados para se livrarem ou mitigarem a compulsão.
Leia mais: Centro na China usa técnica militar para tratar viciados em Web [UOL Tecnologia].

(*) Geração Y [Galileu].

Leia também:
Brinquedos Assassinos.
Compulsão, o novo mal do Século XXI.

Assuntos: Saúde
20 COMENTÁRIOS:

Anônimo disse...
"Depoimento patético"

Deveria existir pelo menos respeito para com essas pessoas que não são dependentes porque querem.

01/03/10 15:26
Isaias Malta disse...
Não sei de onde você tirou esta conotação pejorativa para a palavra "patético". Vejamos, segundo o Aurélio: "que comove a alma, despertando um sentimento de piedade ou tristeza, confrangedor, tocante".
A corroborar este sentido de enternedor, a sonata para piano nº 8, em Dó menor opus 13 de Ludwig Van Beethoven foi apelidada de "Patética" justamente por encarnar os predicados encerrados nesta palavra.
Você pode apreciar a passagem mais patética, 2º movimento adagio cantabile, no You Tube sob a intrepretação do pianista Freddy Kempf.

01/03/10 15:48
ROBERTOKE disse...
ouch!! ;-)
Belo texto e invariavelmente um ótimo assunto!
Um abraço Isaias,

02/03/10 13:16
Mario Ventura de Sá disse...
A Internet quebrou barreiras, aproximando a comunidade global, trouxe, por outro lado, os interdependentes do pequeno ecrã.
Todos os dias essa imensa massa de gente que utiliza as redes sociais aumenta e com ela aumenta a ‘escravatura’.

Adultos que podiam partilhar o seu tempo com os filhos, amigos ou desconhecidos agarram-se ao computador, armados,por exemplo,em agricultores virtuais, programando a sua vida por forma a não perderem a hora da rega ou do cultivo dessa imensa quinta global.

Se no passado as pessoas temiam que os seus filhos entrassem na droga ou no jogo,hoje temem que se tornem prisioneiros dessa rede social virtual. Que em vez de conversarem à hora do jantar, altura em estão todos juntos,prefiram refugiar-se no computador.
Os telemóveis com câmara de fotografar e filmar são, indiscutivelmente, uma das grandes invenções dos últimos anos.
O planeta ficou mais próximo com essa arma poderosa.
Não há ditadura que consiga cegar esse grande olhar.
Se há vantagens infindáveis nos telemóveis, também há muitos aspectos negativos.
A privacidade desapareceu, ninguém pode ir tranquilamente a um cinema ou a um lugar público sem se sujeitar a que esse acto fique registado por um paparazzo de serviço.
Esses são os custos da modernidade. Aos aspectos negativos, podem sempre contrapor-se as vantagens. Que são muito maiores do que os inconvenientes.
Quer isto dizer que as pessoas que fundamentam o seu permanente estado depressivo no número de horas que passam exibindo os seus traumas de infância como galhardetes que legitimam uma personalidade obscura, estão, a enganar-se a elas próprias,a justificarem a inércia com que se deixam sumir num cómodo papel de vítima que apela à comiseração.
Eu nasci optimista, logo metade da minha felicidade está garantida.
O que sinto é que é cada vez mais difícil permanecer optimista.
O nosso papel como seres que têm alguma capacidade de controlo sobre a racionalidade é o nosso dever, para manter em forma este corpo que nos alberga, em sossego, com lucidez o cérebro que o coordena e em paz a alma que nos eleva, acreditar que é possível conciliar o máximo de coisas boas com o mínimo de coisas más.
Não sou médico nem psicólogo,mas não creio que não haja cura,pois se é possível curar os toxicodependentes,os alcoólicos, além de outros vícios, certamente haverá tratamento se a comunidade científica se mobilizar.

FONTE,BLOGPAEDIA

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