sábado, 27 de março de 2010

25ºDEPRESSÃO E DEMENCIA

Depressão e demência
A demência baseia-se num comprometimento importante da capacidade de aprendizagem do paciente e afeta de modo irreversível a qualidade de vida de uma pessoa. Declínio de memória, da aquisição de conhecimento e aprendizado é comum quando se inicia o envelhecimento fisiológico, no entanto, se ele se der de maneira acentuada é importante realizar um exame neuropsicológico mais apurado a fim de verificar se o caso não se trata de uma demência.

Há demências de caráter irreversíveis como as causadas pelo Alzheimer ou por doenças vasculares, como as seqüelas de um AVC (acidente vascular cerebral), as quais causam quedas significativas na cognição do paciente.

No entanto, durante o envelhecimento do indivíduo, podem surgir sintomas relacionados com o diagnóstico de uma demência irreversível, mas que na verdade é um dos sintomas da demência na depressão senil, também chamada de pseudodemência depressiva.

Características Depressão Demência
Início preciso indeterminado
Progressão rápida lenta
Atendimento médico precoce tardio
Valor da queixa detalhada ausente
O paciente valoriza fracassos sucessos
Esforço e disposição pouco mantido
Sociabilidade perdida mantida
Piora pela manhã pela tarde

Há alguns fatores que devem ser levados em conta para não se fazer um diagnóstico errôneo de pseudodepressão. Primeiro: existem alguns remédios, comumente utilizados por idosos, que produzem uma certa baixa na cognição do paciente, mas que não deve ser encara como sintoma de demência. Segundo: deve-se ficar atento, pois o prejuízo de memória do depressivo pode ser confundido com um quadro inicial de demência.

Essa confusão depressão-demência pode ser maior ainda, levando-se em conta o fato da depressão freqüentemente ter características atípicas nos idosos.

Há ainda o fato de que, embora possuam sintomas parecidos, as duas doenças podem acometer um mesmo paciente, pois uma pseudodemência depressiva, mesmo tratada com antidepressivos pode evoluir para quadros de demências verdadeiras no futuro.

Embora haja diferenças diagnósticas entre a cognição prejudicada pela depressão e a demência, é bom lembrar, como já foi dito, que as duas situações não devem ser encaradas como distintas, tendo em vista que, mais provavelmente, elas possam coexistir.

Geralmente, no exame neuropsicológico do deprimido, se observa uma grande discrepância entre as queixas apresentadas e os resultados do exame. Embora as queixas sejam contundentes e freqüentes, os déficits realmente constatados pelos exames são quase sempre pequenos ou inexistentes.

FONTE,FARMEP

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