quinta-feira, 1 de abril de 2010

4ºORIENTAÇÕES GERAIS PARA O CUIDADO DA CRIANÇA COM DOW

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O CUIDADO DA CRIANÇA

Além das complicações neonatais, grande parte dos esforços terapêuticos
durante o primeiro ano de vida se dirigirá para duas grandes questões: a
hipotonia muscular e a fala. Algumas orientações simples ajudarão neste
trabalho:


ALEITAMENTO MATERNO

Importante pelo aspecto nutricional, pela relação mãe-filho, e também para
melhorar o tônus da musculatura oral, o que será importante para o
desenvolvimento da fala e posicionamento da língua.

A cardiopatia congênita pode ser um obstáculo à amamentação materna.

O aspecto emocional pode dificultar ou até tornar impossível a amamentação.
Aumentar a ansiedade materna dificultará mais ainda o aleitamento, o
sentimento de culpa e todo o relacionamento mãe-filho. Diante da
impossibilidade de amamentação, tranqüilize a mãe.


USO DO BICO

Ajuda a combater a hipotonia muscular oral e melhora o posicionamento da
língua.


POSTURA

A tendência do recém-nascido e do lactente Down é a manutenção das
articulações em hiperextensão e um dos objetivos da fisioterapia inicial é
corrigir esta postura, levando-o a uma posição de maior flexão. Ensine os
pais a também fazerem isto.

Estimule os pais a colocarem a criança para dormir em decúbito lateral
direito ou esquerdo. Após a alimentação é preferível o decúbito lateral
direito pelo risco de refluxo gastro-esofágico. Também é aconselhável manter
a criança, sempre que possível, com a cabeça erguida, como se estivesse
sentada ou de pé (a visão do mundo deitado é completamente diferente).


IMPORTANTE LEMBRAR

Dois fatores fundamentais para o desenvolvimento de qualquer criança são o
amor e o estabelecimento de limites e isto deve começar cedo.

Devem ser evitadas mudanças radicais na vida dos familiares como parar de
trabalhar ou mudar de cidade.


ESCLARECENDO ALGUMAS DÚVIDAS


Alguns conceitos errôneos sobre a Síndrome de Down são muito difundidos na
sociedade e é frequente que os pais façam perguntas a respeito dos mesmos.

Apresentamos alguns aspectos que são objetos de dúvidas e interrogações:


1. Não existe grau de Síndrome de Down; o que não quer dizer que o seu
desenvolvimento seja homogêneo.

2. São fatores importantes no desenvolvimento de cada paciente:

- Presença ou não de complicações graves. A cardiopatia pode ser um fator
limitante significativo.
- O amor e a aceitação da criança pelos pais e familiares.
- O estabelecimento de limites.
- Estimulação adequada.

3. O único fator de risco bem determinado quando se trata da trissomia livre
é a idade materna elevada. Não importa se a mulher é primípara ou multípara.

4. A trissomia livre ocorre por acidente genético e não traz risco aumentado
para outros familiares, exceto para os pais da criança. O risco de
recorrência em casos de trissomia livre é de 1 a 2%.

5. Terapias alternativas controversas têm sido propostas para os pacientes
Down através dos anos. Entre elas suplementos nutricionais com vitaminas,
minerais, aminoácidos, enzimas e hormônios, suplementação com zinco e/ou
selênio, tratamento com células sicca, uso de Piracetam, técnicas de
facilitação, quiropatia (manipulações músculo-esqueléticas). Até o momento
não há terapias médicas alternativas que tenham sido cientificamente
comprovadas que resultem em uma melhora significativa no desenvolvimento e
melhora da saúde das crianças com síndrome de Down.

FONTE,FACULDADE DE MEDICINA

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