quinta-feira, 8 de abril de 2010

11ºSOROLOGIA PARA HIV / AIDS. COMO E QUANDO TESTAR ?

Saiba em quanto tempo o teste para HIV (VIH) fica positivo após a exposição ao vírus

Uma das dúvidas mais frequentes da população é em relação ao tempo entre a a contaminação pelo HIV (em português VIH ou vírus da imunodeficiência humana) e a positivação dos testes laboratoriais.

Vamos entender então como é feito esse diagnóstico.

O teste que realizamos para avaliar a infecção pelo HIV não detecta o vírus em si, mas sim a presença de anticorpos contra o mesmo.

Os anticorpos são proteínas produzidas para combater agentes infecciosos específicos. Uma vez que o HIV entra no nosso organismo, ele é capturado pelas células de defesa e sua estrutura é analisada. A partir desse momento, produzimos anticorpos que são específicos contra o vírus.

Nosso organismo tem várias células encarregadas de nos defender contra invasores, como os linfócitos, neutrófilos, macrófagos etc... Essas células atacam tudo que for estranho ao organismo.

Os anticorpos são armas mais específicas. Um anticorpo contra o HIV só ataca o vírus do HIV. Ele é inócuo para outras infecções, como por exemplo, gripe ou varicela (catapora), mas é muito mais potente contra o HIV. Cada infecção tem seu próprio anticorpo. Se nunca tivermos contato com um determinado micróbio, nunca teremos anticorpos específicos contra ele.

Quando entramos em contato com algum germe pela primeira vez, o corpo demora algum tempo para analisar a estrutura e produzir anticorpos específicos. Quando algum micróbio já conhecido pelo organismo nos infecta novamente, imediatamente os anticorpos produzidos na infecção anterior são recrutados para atacar o invasor. Esse é o princípio da vacina. Estimular a produção de anticorpos específicos para que, quando entrarmos em contato com o agente infeccioso este impeça a doença de se desenvolver.

Leia DOENÇA AUTO-IMUNE para um melhor entendimento sobre o nosso sistema imune.

Portanto, no caso do HIV, o que procuramos é a presença ou não do anticorpo específico. A essa pesquisa damos o nome de sorologia.

A sorologia do HIV tem uma acurácia superior a 99%. Um teste quando positivo é sempre repetido pelo menos mais 2 vezes. Isso praticamente elimina a possibilidade de erros. Estes quando ocorrem são normalmente por erro humano e não por falha do exame.

Os testes mais novos conseguem detectar a presença de anticorpos até 6 semanas após a exposição ao vírus. Para se ter total certeza da infecção ou não, o teste deve ser repetido com 12 e 24 semanas quando o primeiro é negativo. Não adianta fazer o teste antes desse período que é chamado de janela imunológica.

Já existe o ELISA de 4º geração, que além de ser uma sorologia (pesquisar anticorpos), ela também pesquisa o antígeno P24, uma proteína do HIV. É portanto, um teste duplo que procura por anticorpos e pelo próprio vírus. Deste modo, o teste pode ser feito com apenas 4 semanas (95% de acurácia). Se negativo, deve-se repeti-lo com 6 ou 8 semanas. Se novamente negativo, caso encerrado.

O procedimento atual após uma situação de risco, tipo relação sexual não protegida ou acidente com material biológico, é colher uma sorologia o mais rápido possível. Isso serve para diferenciar pessoas já infectadas previamente. Imagine que você teve uma relação não protegida e 2 dias depois resolve fazer o teste para o HIV. Se este der positivo significa que você já tinha o vírus, uma vez que não houve tempo hábil para produção e detecção dos anticorpos. Se você só fizesse o teste 6 semanas depois, ficaria com a idéia de ter contraído a doença nesta relação desprotegida, quando na verdade a infecção é anterior.

Há uns 3 anos eu atendi um paciente que vinha solicitar a sorologia do HIV porque , segundo ele, havia sido atacado com uma agulha por um drogado. O suposto ataque havia ocorrido há 2 ou 3 dias ele estava assustado com a possibilidade de ter contraído o HIV. Realizada a sorologia, esta veio positiva. Obviamente não foi o ataque do drogado que o contaminou. Na verdade o doente já imaginava ser portador do vírus e queria arranjar uma desculpa para poder contar a esposa sem ter que expor os seus casos extra-conjugais.

É sempre bom salientar que um exame negativo para HIV reflete o estado do paciente há pelo menos 6 semanas. Se o seu parceiro apresentar um exame negativo para HIV, mas tiver tido alguma relação não protegida nas últimas 6 semanas, esse teste de nada vale.

Toda relação sexual deve ser feita com preservativos. Mesmo para pessoas casadas. Isto pode parecer exagero, mas a quantidade de mulheres casadas que contraem o vírus do marido é imensa. Na verdade este é o grupo que mais cresce entre os infectados. É triste, mas é a realidade.
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Leia também:
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fonte,http://www.mdsaude.com/

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